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Joaquim Barbosa e seu apartamento em Miami

Nosso ponto de vista sobre a polêmica que envolveu Joaquim Barbosa e a compra de um apartamento em Miami.

Quando pensava no tema desta coluna, fui chocado pela repercussão negativa da compra de um apartamento em Miami pelo ministro Joaquim Barbosa.

Desculpem os que discordam, mas o enfoque dado em uma matéria publicada no Brasil é, no mínimo, maldoso. O jornal destaca que Barbosa abriu uma empresa para obter benefícios fiscais. Diz também que a empresa seria um meio de omitir seu nome no título da propriedade, e que o valor do imóvel não foi declarado pelo ministro.
Soube da matéria por comentários de clientes que também são proprietários de imóveis na Flórida. Nos comentários, fica claro o poder de influência negativa de alguns jornalistas. Em segundos, Barbosa foi do céu ao inferno, deixava de ser o salvador da pátria para ser posto ao lado do juiz Lalau e outros bandidos.

Não pude deixar de me indignar e adotar este tema para minha coluna desta edição. Para os brasileiros que não estão acostumados com o amplo acesso a informações públicas, tudo parece “mutreta”, mas não é nada disso.

Vamos esclarecer os fatos com base nos registros públicos do condado de Miami-Dade. Joaquim Barbosa Gomes abriu a empresa Assas JB Corp em 10 de maio de 2012. O próprio Barbosa consta como presidente, e não houve nenhuma preocupação em ocultar seu nome no comando da empresa. O imóvel comprado trata-se de um apartamento de um dormitório em Miami Downtown. O valor venal do imóvel é de pouco mais de 200 mil dólares, e o valor de mercado pode chegar no máximo a 450 mil dólares, se tiver uma decoração estonteante. Na minha opinião, Barbosa comprou o apartamento em Miami porque talvez não tivesse dinheiro para comprar na Barra da Tijuca, na Praia de Boa Viagem, em Balneário Camboriú ou mesmo na Riviera de São Lourenço. Você acha que estou brincando? Então procure saber o preço do metro quadrado nestes lugares nobres do Brasil. Ao destacar que o ministro criou uma empresa para reduzir o custo fiscal, faz parecer que adotou algum truque para prejudicar o Tesouro Nacional do Brasil. Nada disso.

A preocupação de Barbosa é legítima e visa a redução do imposto sobre a herança, pago ao Tesouro Americano, pois o tratamento fiscal dado aos estrangeiros é extremamente desigual.
Enquanto americanos têm isenção de imposto sobre herança de até 2,5 milhões de dólares, o proprietário estrangeiro tem isenção de apenas 70 mil dólares. Por isso, advogados americanos recomendam que o título seja lavrado por uma empresa americana, mesmo sendo com dono estrangeiro, em vez de registrá-lo somente em nome de pessoa física. Tudo 100% legal, moral e amplamente difundido na Flórida.

Pela matéria percebo que ainda hoje, no Brasil, o empresário é pressuposto como algoz da sociedade. Uma visão anacrônica e totalmente diferente dos Estados Unidos. O empresário bem sucedido na América é admirado pela sociedade e portanto não é nenhuma vergonha ou demérito ser dono de empresa. Muito pelo contrário, é uma virtude contribuir para a geração de emprego e renda para a nação. Por isso, o texto dos jornalistas do determinado veículo, quando lido por mentes preconceituosas no Brasil, levam a um entendimento equivocado. Não pude deixar de sair em defesa de Barbosa e de outros brasileiros que compraram suas propriedades na Flórida considerando o momento de oportunidade.
Afinal, todos sabem que os preços dos imóveis em Miami e Orlando continuam baixos e mais atraentes que no Brasil. Para mim, Barbosa deu uma demonstração de inteligência. Foi uma decisão baseada no custo-benefício. Comprou um belo apartamento, numa cidade linda e segura, pela metade do preço que teria no Brasil.

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